A renda renascença surgiu entre os séculos XV e XVI, tendo consagrando-se como símbolo artesanal italiano e com destaque para aplicação nos trajes masculinos. Henrique II, rei da França, a usou excessivamente na composição de fraise, um colarinho rígido e plissado, para ocultar uma cicatriz no pescoço. Foi por conta disso que a renda conquistou a realeza e difundiu-se amplamente na época.

No século XIX, com a ocupação do Convento Santa Teresa por religiosas francesas, a renda renascença chegou ao Nordeste do Brasil. Por décadas, esse artesanato foi mantido em segredo, mas nos anos 1930 esse conhecimento chegou às mulheres mais humildes do sertão paraibano, transformando-se em grande patrimônio cultural nacional.

O artesanato da renda renascença é uma atividade familiar passada de geração para geração. O seu fazer artesanal tem atributos próprios das rendeiras, como delicadeza, paciência e destreza com as mãos.

O produto é confeccionado com agulha, linha e lacê de algodão. O lacê tem para as rendeiras do Cariri Paraibano um significado muito forte porque serve para identificar a renda local. Além do lacê, outras linhas e papéis se acrescentam à renda.

Nas oficinas instaladas, as artesãs são orientadas com base nas memórias de ofícios das rendeiras da região, e é por meio da confecção da famosa e tradicional renda que preservam os costumes, as crenças e a cultura de Cariri Paraibano. 

Portanto, a renda renascença produzida na Paraíba representa uma história e tem um significado especial para várias mulheres da região, que viram na sua confecção uma garantia de sobrevivência e conquistas.

Autoria do texto: SEBRAE

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